Dividido, MDB faz convenção nesta quarta para aprovar candidatura presidencial de Simone Tebet

Representantes de alas distintas do partido vêm protagonizando disputa interna entre apoiar senadora ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dividido internamente, o MDB faz uma convenção virtual na manhã desta quarta-feira (27) para sacramentar a candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet (MS). Na última semana, lideranças do partido anunciaram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), e chegaram a pedir a intervenção do ex-presidente Michel Temer em uma tentativa de adiar a data da convenção para 5 de agosto. Em entrevista à GloboNews, Simone Tebet afirmou que nunca houve unanimidade no MDB, mas disse não ter dúvida de que o partido sairá unido da convenção (vídeo abaixo). Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre divisão no partido Nesta segunda (25), o prefeito de Cacimbinhas (AL), Hugo Wanderley, aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos emedebistas mais próximos de Lula, tentou judicializar a questão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Wanderley pediu a anulação do edital de convocação da convenção sob o argumento de que o evento não poderia ser online. Segundo argumentou, a plataforma virtual escolhida não garantiria o sigilo do voto. O presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, rejeitou o pedido, e o presidente nacional da sigla, Baleia Rossi, manteve a convenção virtual. Segundo o advogado do MDB, Renato Ramos, o partido contratou uma empresa que será responsável por garantir o sigilo do voto durante a convenção desta quarta. Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre histórico de disputa interna em seu partido As convenções nacionais são o último passo para a confirmação de um candidato. O calendário estabelecido pelo TSE prevê o período entre 20 de julho e 5 de agosto para a realização desse tipo de reunião. Após a convenção, o partido fica apto a registrar a candidatura no TSE — o prazo-limite para isso é o próximo dia 15. Veja o calendário das convenções Em meio aos “ataques especulativos” de aliados de Lula, o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e a própria senadora afastaram nos últimos dias o risco de a candidatura vir a ser rejeitada pelos delegados da sigla. Ao Central das Eleições, da GloboNews, nesta segunda (25), Simone afirmou estar “absolutamente tranquila” em relação à decisão do partido. Raio-X da Política – Eleições 2022: Ala do MDB que defende apoio a Lula traça novos planos Terceira via Simone Tebet é a única candidata que restou dentre as tentativas de lançamento de um candidato da chamada "terceira via”, em contraposição a Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (PL). Durante o primeiro semestre, Sergio Moro (então pré-candidato do Podemos; hoje no União Brasil), Alessandro Vieira (então pré-candidato do Cidadania; hoje filiado ao PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD) e João Doria (PSDB) recuaram das eventuais candidaturas. Na convenção desta quarta, a executiva nacional do MDB também deve decidir sobre coligações com outros partidos. A coligação consiste na união de dois ou mais partidos e possibilita às legendas, entre outros pontos, um incremento no tempo de propaganda gratuita na TV e no rádio e mais recursos no fundo eleitoral. A aliança é permitida apenas para as eleições majoritárias — ou seja, para presidente, governador, senador e prefeito — e pode ser desfeita ao final do pleito. Vice A candidatura de Simone conta com apoio da federação partidária PSDB-Cidadania. Os dois partidos também se reúnem na manhã desta quarta para validar a coligação ao MDB em nível nacional. A aliança foi costurada a partir de um compromisso: o PSDB seria o responsável por indicar um nome para ocupar a vaga de candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Simone Tebet. Em junho, o presidente da sigla, Bruno Araújo (PE), indicou que o senador Tasso Jereissati (CE) era o favorito, mas mencionou também o nome da senadora Mara Gabrilli (SP). Segundo integrantes dos partidos que compõem a federação PSDB-Cidadania, ainda não há definição sobre o nome, mas um anúncio pode ser feito nesta quarta. Também é cotada a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Trajetória política Nascida em Três Lagoas (MS), Simone Tebet é filha do ex-governador, ex-senador sul-mato-grossense e ex-ministro da Integração Nacional Ramez Tebet. Mestre em direito do Estado, Tebet é professora universitária. Confira a trajetória política da candidata à presidência pelo MDB: MDB: em 1997, filiou-se ao MDB, único partido ao qual foi filiada. Deputada estadual: em 2001, foi eleita deputada estadual pelo Mato Grosso do Sul com 25.251 votos. Prefeita de Três Lagoas: em 2004, se candidatou a prefeitura de Três Lagoas e foi a primeira mulher eleita para ocupar o cargo, com 29.244 votos (66,7%). Em 2008, foi reeleita com 36.228 votos (76,8%). Vice-governadora do MS: em 2011, assumiu o cargo de vice-governadora do Mato Grosso do Sul, na chapa encabeçada por André Puccineli.

Dividido, MDB faz convenção nesta quarta para aprovar candidatura presidencial de Simone Tebet
Representantes de alas distintas do partido vêm protagonizando disputa interna entre apoiar senadora ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dividido internamente, o MDB faz uma convenção virtual na manhã desta quarta-feira (27) para sacramentar a candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet (MS). Na última semana, lideranças do partido anunciaram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), e chegaram a pedir a intervenção do ex-presidente Michel Temer em uma tentativa de adiar a data da convenção para 5 de agosto. Em entrevista à GloboNews, Simone Tebet afirmou que nunca houve unanimidade no MDB, mas disse não ter dúvida de que o partido sairá unido da convenção (vídeo abaixo). Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre divisão no partido Nesta segunda (25), o prefeito de Cacimbinhas (AL), Hugo Wanderley, aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos emedebistas mais próximos de Lula, tentou judicializar a questão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Wanderley pediu a anulação do edital de convocação da convenção sob o argumento de que o evento não poderia ser online. Segundo argumentou, a plataforma virtual escolhida não garantiria o sigilo do voto. O presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, rejeitou o pedido, e o presidente nacional da sigla, Baleia Rossi, manteve a convenção virtual. Segundo o advogado do MDB, Renato Ramos, o partido contratou uma empresa que será responsável por garantir o sigilo do voto durante a convenção desta quarta. Simone Tebet (MDB) responde a pergunta sobre histórico de disputa interna em seu partido As convenções nacionais são o último passo para a confirmação de um candidato. O calendário estabelecido pelo TSE prevê o período entre 20 de julho e 5 de agosto para a realização desse tipo de reunião. Após a convenção, o partido fica apto a registrar a candidatura no TSE — o prazo-limite para isso é o próximo dia 15. Veja o calendário das convenções Em meio aos “ataques especulativos” de aliados de Lula, o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e a própria senadora afastaram nos últimos dias o risco de a candidatura vir a ser rejeitada pelos delegados da sigla. Ao Central das Eleições, da GloboNews, nesta segunda (25), Simone afirmou estar “absolutamente tranquila” em relação à decisão do partido. Raio-X da Política – Eleições 2022: Ala do MDB que defende apoio a Lula traça novos planos Terceira via Simone Tebet é a única candidata que restou dentre as tentativas de lançamento de um candidato da chamada "terceira via”, em contraposição a Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (PL). Durante o primeiro semestre, Sergio Moro (então pré-candidato do Podemos; hoje no União Brasil), Alessandro Vieira (então pré-candidato do Cidadania; hoje filiado ao PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD) e João Doria (PSDB) recuaram das eventuais candidaturas. Na convenção desta quarta, a executiva nacional do MDB também deve decidir sobre coligações com outros partidos. A coligação consiste na união de dois ou mais partidos e possibilita às legendas, entre outros pontos, um incremento no tempo de propaganda gratuita na TV e no rádio e mais recursos no fundo eleitoral. A aliança é permitida apenas para as eleições majoritárias — ou seja, para presidente, governador, senador e prefeito — e pode ser desfeita ao final do pleito. Vice A candidatura de Simone conta com apoio da federação partidária PSDB-Cidadania. Os dois partidos também se reúnem na manhã desta quarta para validar a coligação ao MDB em nível nacional. A aliança foi costurada a partir de um compromisso: o PSDB seria o responsável por indicar um nome para ocupar a vaga de candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Simone Tebet. Em junho, o presidente da sigla, Bruno Araújo (PE), indicou que o senador Tasso Jereissati (CE) era o favorito, mas mencionou também o nome da senadora Mara Gabrilli (SP). Segundo integrantes dos partidos que compõem a federação PSDB-Cidadania, ainda não há definição sobre o nome, mas um anúncio pode ser feito nesta quarta. Também é cotada a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Trajetória política Nascida em Três Lagoas (MS), Simone Tebet é filha do ex-governador, ex-senador sul-mato-grossense e ex-ministro da Integração Nacional Ramez Tebet. Mestre em direito do Estado, Tebet é professora universitária. Confira a trajetória política da candidata à presidência pelo MDB: MDB: em 1997, filiou-se ao MDB, único partido ao qual foi filiada. Deputada estadual: em 2001, foi eleita deputada estadual pelo Mato Grosso do Sul com 25.251 votos. Prefeita de Três Lagoas: em 2004, se candidatou a prefeitura de Três Lagoas e foi a primeira mulher eleita para ocupar o cargo, com 29.244 votos (66,7%). Em 2008, foi reeleita com 36.228 votos (76,8%). Vice-governadora do MS: em 2011, assumiu o cargo de vice-governadora do Mato Grosso do Sul, na chapa encabeçada por André Puccineli. Secretária de Governo: em 2013, assumiu o cargo de Secretária de Governo no governo de André Puccineli. Senado: em 2014, candidatou-se ao Senado e foi eleita com 640.336 votos (52,6%), para o mandato até 2023. Impeachment: em 2016, compôs a comissão especial do Senado do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Tebet votou a favor do afastamento da presidente sob o argumento de que ela havia cometido crime de responsabilidade. Pré-candidata ao governo: nas eleições de 2018 foi pré-candidata do MDB ao governo do Mato Grosso do Sul, mas desistiu por questões particulares. Presidente da CCJ: em 2019, Tebet foi a primeira mulher eleita para ocupar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Líder da bancada feminina do Senado: em 2021, foi eleita como líder da bancada feminina no Senado. CPI da Covid: também em 2021, integrou a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid no Senado. O colegiado tinha como objetivo investigar ações e omissões do governo federal no combate à pandemia. Presidência do Senado: ainda em 2021, a senadora se candidatou à presidência do Senado, contra outros quatro adversários. O vencedor foi Rodrigo Pacheco (PSD-MG).