Governo age para que a CPI do MEC, se for criada, não funcione antes das eleições

O governo do presidente Jair Bolsonaro lançou uma operação para convencer os líderes partidários a evitar que a CPI do MEC, se for criada, funcione antes das eleições. Bolsonaro e sua equipe temem mais esse desgaste na imagem do presidente, a poucos meses da votação. Segundo assessores presidenciais, o governo já haveria recebido o compromisso da maioria dos líderes para retardar o funcionamento da comissão. , que pode aumentar o desgaste na imagem do presidente Bolsonaro. Nos últimos dias, líderes partidários foram procurados por interlocutores do Palácio do Planalto com o pedido para que concordem com a criação da CPI do MEC, o que é considerado inevitável, mas atrasem a indicação dos seus membros na comissão para retardar a sua instalação a partir de agosto. Aí, a estratégia seguinte seria evitar dar quórum para os trabalhos da CPI. Um líder partidário no Senado disse ao blog que alguns senadores, que apoiaram a CPI da Covid, não estariam mais dispostos a trabalhar pelo funcionamento da CPI do MEC em período eleitoral. O convencimento, segundo esse líder, foi na base da conversa e da promessa de liberação de recursos das emendas parlamentares, principalmente do Orçamento Secreto, as emendas de relator. Segundo um assessor presidencial, evitar o funcionamento da CPI do MEC virou prioridade para o Palácio do Planalto. A equipe de Bolsonaro lembra que o pior momento de avaliação do governo ocorreu durante o funcionamento da CPI da Covid no ano passado, quando a desaprovação do presidente atingiu o seu ponto máximo. Agora, lembram aliados de Bolsonaro, a CPI do MEC teria um potencial de estrago maior ainda porque, além de ser um período eleitoral, a Polícia Federal já coletou vários indícios de envolvimento de pastores num esquema de tráfico de influência dentro do Ministério da Educação. Ou seja, já haveria “farto material” para ser explorado pela comissão, além de depoimentos de prefeitos acusando os pastores de cobrar propina para acelerar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A leitura do requerimento de criação da CPI do MEC vai ser definida nesta terça-feira (05) em reunião de líderes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele já avisou a interlocutores que vai agendar a leitura para esta semana não só da CPI do MEC mas também de mais duas, a das obras inacabadas do Ministério da Educação e a de combate ao crime organizado.

Governo age para que a CPI do MEC, se for criada, não funcione antes das eleições
O governo do presidente Jair Bolsonaro lançou uma operação para convencer os líderes partidários a evitar que a CPI do MEC, se for criada, funcione antes das eleições. Bolsonaro e sua equipe temem mais esse desgaste na imagem do presidente, a poucos meses da votação. Segundo assessores presidenciais, o governo já haveria recebido o compromisso da maioria dos líderes para retardar o funcionamento da comissão. , que pode aumentar o desgaste na imagem do presidente Bolsonaro. Nos últimos dias, líderes partidários foram procurados por interlocutores do Palácio do Planalto com o pedido para que concordem com a criação da CPI do MEC, o que é considerado inevitável, mas atrasem a indicação dos seus membros na comissão para retardar a sua instalação a partir de agosto. Aí, a estratégia seguinte seria evitar dar quórum para os trabalhos da CPI. Um líder partidário no Senado disse ao blog que alguns senadores, que apoiaram a CPI da Covid, não estariam mais dispostos a trabalhar pelo funcionamento da CPI do MEC em período eleitoral. O convencimento, segundo esse líder, foi na base da conversa e da promessa de liberação de recursos das emendas parlamentares, principalmente do Orçamento Secreto, as emendas de relator. Segundo um assessor presidencial, evitar o funcionamento da CPI do MEC virou prioridade para o Palácio do Planalto. A equipe de Bolsonaro lembra que o pior momento de avaliação do governo ocorreu durante o funcionamento da CPI da Covid no ano passado, quando a desaprovação do presidente atingiu o seu ponto máximo. Agora, lembram aliados de Bolsonaro, a CPI do MEC teria um potencial de estrago maior ainda porque, além de ser um período eleitoral, a Polícia Federal já coletou vários indícios de envolvimento de pastores num esquema de tráfico de influência dentro do Ministério da Educação. Ou seja, já haveria “farto material” para ser explorado pela comissão, além de depoimentos de prefeitos acusando os pastores de cobrar propina para acelerar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A leitura do requerimento de criação da CPI do MEC vai ser definida nesta terça-feira (05) em reunião de líderes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele já avisou a interlocutores que vai agendar a leitura para esta semana não só da CPI do MEC mas também de mais duas, a das obras inacabadas do Ministério da Educação e a de combate ao crime organizado.