Suprema Corte da Rússia classifica batalhão Azov como 'grupo terrorista'

Grupo nacionalista ucraniano já foi diversas vezes chamado de fascista pelos russos. Homem entra em prédio da Suprema Corte da Rússia Maxim Shemetov/REUTERS A Suprema Corte da Rússia classificou nesta terça-feira (2) o Batalhão Azov da Ucrânia como um grupo terrorista, informou um correspondente da Reuters. O Regimento Azov, que tem raízes de extrema-direita e ultranacionalistas, tem sido uma das formações militares ucranianas mais proeminentes que lutam contra a Rússia no leste da Ucrânia. A Rússia cita regularmente Azov em apoio à sua afirmação de que a Ucrânia é controlada por "fascistas". O que é o batalhão Azov? Fundado em 2014 por militares de extrema-direita e integrado posteriormente às Forças Armadas ucranianas, o Batalhão Azov é um dos adversários mais combativos das tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar na Ucrânia em 24 de fevereiro. Nacionalistas ucranianos e militares do Azov fazem passeata em Kiev, na Ucrânia, para marcar a fundação do Exército Insurgente Ucraniano. O movimento de resistência paramilitar foi formado em 1943 para lutar pela independência do país Genya Savilov/AFP O grupo, cujo nome é uma referência ao mar de Azov, uma região ao norte do mar Negro, adquiriu importância no mesmo ano de sua fundação, quando pegou em armas para fazer retroceder as tropas separatistas pró-Rússia na região de Donbass, depois que Moscou ocupou e anexou a península da Crimeia. Muitos manifestantes tinham familiares e amigos no batalhão Azov e alguns tremulavam bandeiras ucranianas, com um logotipo similar à "Wolfsangel", usado por unidades nazistas na II Guerra Mundial. O Batalhão de Azov é criticado por exibir símbolos nazistas, como o Wolfsangel, usado pela 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, e o Sol Negro. Mas, para alguns ucranianos, o regimento vem sendo elogiado por seu compromisso em combater incursões russas no país ao longo dos últimos anos. Membros da guarda ucraniana nacional 'Azov' e ativistas participam de um protesto em Kiev, na Ucrânia, contra as eleições locais em áreas controladas por rebeldes pró-russos do leste do país Gleb Garanich/Reuters Apesar das críticas, esses apoiadores afirmam que as tropas estão combatendo os fascistas e não apoiando os fascistas. Se os membros do batalhão Azov "tivessem uma ideologia radical, teriam sido expulsos do exército. Eu não vejo nenhum radicalismo de extrema-direita neles", argumenta o empresário de Kiev Taras Rokovyi, 32. "São simplesmente heróis ucranianos", acrescenta. Grupo de manifestantes em Kiev pede por ajuda à população de Mariupol com bandeira do Batalhão Azov ao centro Sergei Supinsky/AFP Na fundação, o grupo adotou uma série de símbolos neonazistas e manteve contato com movimentos de extrema-direita, mas renunciou ao discurso antes de ser integrado sob o comando do Exército ucraniano. "O Batalhão Azov faz parte da Guarda Nacional da Ucrânia, já não é mais uma unidade paramilitar. A conexão com políticos de extrema-direita faz parte da história", argumenta o analista político Volodymyr Fesenko.

Suprema Corte da Rússia classifica batalhão Azov como 'grupo terrorista'

Grupo nacionalista ucraniano já foi diversas vezes chamado de fascista pelos russos. Homem entra em prédio da Suprema Corte da Rússia Maxim Shemetov/REUTERS A Suprema Corte da Rússia classificou nesta terça-feira (2) o Batalhão Azov da Ucrânia como um grupo terrorista, informou um correspondente da Reuters. O Regimento Azov, que tem raízes de extrema-direita e ultranacionalistas, tem sido uma das formações militares ucranianas mais proeminentes que lutam contra a Rússia no leste da Ucrânia. A Rússia cita regularmente Azov em apoio à sua afirmação de que a Ucrânia é controlada por "fascistas". O que é o batalhão Azov? Fundado em 2014 por militares de extrema-direita e integrado posteriormente às Forças Armadas ucranianas, o Batalhão Azov é um dos adversários mais combativos das tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar na Ucrânia em 24 de fevereiro. Nacionalistas ucranianos e militares do Azov fazem passeata em Kiev, na Ucrânia, para marcar a fundação do Exército Insurgente Ucraniano. O movimento de resistência paramilitar foi formado em 1943 para lutar pela independência do país Genya Savilov/AFP O grupo, cujo nome é uma referência ao mar de Azov, uma região ao norte do mar Negro, adquiriu importância no mesmo ano de sua fundação, quando pegou em armas para fazer retroceder as tropas separatistas pró-Rússia na região de Donbass, depois que Moscou ocupou e anexou a península da Crimeia. Muitos manifestantes tinham familiares e amigos no batalhão Azov e alguns tremulavam bandeiras ucranianas, com um logotipo similar à "Wolfsangel", usado por unidades nazistas na II Guerra Mundial. O Batalhão de Azov é criticado por exibir símbolos nazistas, como o Wolfsangel, usado pela 2ª Divisão Panzer SS Das Reich, e o Sol Negro. Mas, para alguns ucranianos, o regimento vem sendo elogiado por seu compromisso em combater incursões russas no país ao longo dos últimos anos. Membros da guarda ucraniana nacional 'Azov' e ativistas participam de um protesto em Kiev, na Ucrânia, contra as eleições locais em áreas controladas por rebeldes pró-russos do leste do país Gleb Garanich/Reuters Apesar das críticas, esses apoiadores afirmam que as tropas estão combatendo os fascistas e não apoiando os fascistas. Se os membros do batalhão Azov "tivessem uma ideologia radical, teriam sido expulsos do exército. Eu não vejo nenhum radicalismo de extrema-direita neles", argumenta o empresário de Kiev Taras Rokovyi, 32. "São simplesmente heróis ucranianos", acrescenta. Grupo de manifestantes em Kiev pede por ajuda à população de Mariupol com bandeira do Batalhão Azov ao centro Sergei Supinsky/AFP Na fundação, o grupo adotou uma série de símbolos neonazistas e manteve contato com movimentos de extrema-direita, mas renunciou ao discurso antes de ser integrado sob o comando do Exército ucraniano. "O Batalhão Azov faz parte da Guarda Nacional da Ucrânia, já não é mais uma unidade paramilitar. A conexão com políticos de extrema-direita faz parte da história", argumenta o analista político Volodymyr Fesenko.