China suspende cooperações com EUA

Após visita de Nancy Pelosi a Taiwan. Pequim cancela colaboração em áreas como meio ambiente, parcerias militares e defesa, e acusa Washington de minar sua soberania. Míssil é lançado de território chinês em direção á aguas de Taiwan no primeiro dia de exercícios militares da China na região, em 4 de agosto de 2022 Xinhua via Associated Press Após a piora nas relações entre Pequim e Washington, acirrada pela viagem a líder da Câmara dos EUA a Taiwan, a China anunciou nesta sexta-feira (5) que decidiu encerrar uma série de cooperações entre o país e os Estados Unidos em áreas como mudanças climáticas, políticas antidrogas e parcerias militares. Os chineses prometeram adotar uma série de medidas para punir os EUA pela visita de Nancy Pelosi à ilha, que Pequim considera parte deu território. Leia também Em primeira represália aos EUA, China interrompe diálogo militar de alto nível com Washington Nancy Pelosi deixa Taiwan após visita que acirrou tensões com China Por crise em Taiwan, Casa Branca convoca embaixador da China, e Pequim sanciona Pelosi As ações tiveram início com uma série de exercícios militares realizados em seis pontos da costa taiwanesa, que devem prosseguir até o domingo. A Defesa de Taiwan disse que mísseis chegaram a ser lançados por sobre a ilha. China anuncia sanções contra a presidente da Câmara dos EUA A China costuma tradicionalmente protestar contra o fato de a província autogovernada manter contatos com governos estrangeiros, mas a reação à visita de Pelosi atingiu níveis sem precedentes, inclusive com o corte nas relações em uma série de áreas consideradas de grande importância. As duas nações mais poluidoras do mundo se comprometeram no ano passado a acelerar nesta década as ações pelo clima, com reuniões bilaterais regulares para lidarem juntas com a crise climática. Com o agravamento das relações entre Pequim e Washington, que atingiram o nível mais baixo dos últimos anos, esse e outros acordos estão ameaçados. O Ministério Chinês do Exterior anunciou que o diálogo entre os comandantes militares regionais e dos Departamentos de Defesa será cancelado, assim como as conversações sobre a segurança militar marítima. Também estarão suspensas as cooperações para o retorno de imigrantes ilegais, investigações criminais, crimes transnacionais, assim como ações conjuntas contra as drogas. Defesa da soberania A China acusa o governo de Joe Biden de atacar sua soberania, embora o presidente não tenha autoridade sobre a viagem de uma líder do Legislativo. As reações chinesas vieram antes do congresso do Partido Comunista da China, onde o presidente Xi Jinping deverá receber um terceiro mandato de cinco anos para lidera o governo. Com a economia do país enfrentado dificuldades, o partido governista reforçou o tom nacionalista e passou a lançar ataques diários ao governo de Taiwan, que se recusa a reconhecer a província como parte da China, no intuito de solidificar o apoio da população. Veja os vídeos mais assistidos do g1

China suspende cooperações com EUA

Após visita de Nancy Pelosi a Taiwan. Pequim cancela colaboração em áreas como meio ambiente, parcerias militares e defesa, e acusa Washington de minar sua soberania. Míssil é lançado de território chinês em direção á aguas de Taiwan no primeiro dia de exercícios militares da China na região, em 4 de agosto de 2022 Xinhua via Associated Press Após a piora nas relações entre Pequim e Washington, acirrada pela viagem a líder da Câmara dos EUA a Taiwan, a China anunciou nesta sexta-feira (5) que decidiu encerrar uma série de cooperações entre o país e os Estados Unidos em áreas como mudanças climáticas, políticas antidrogas e parcerias militares. Os chineses prometeram adotar uma série de medidas para punir os EUA pela visita de Nancy Pelosi à ilha, que Pequim considera parte deu território. Leia também Em primeira represália aos EUA, China interrompe diálogo militar de alto nível com Washington Nancy Pelosi deixa Taiwan após visita que acirrou tensões com China Por crise em Taiwan, Casa Branca convoca embaixador da China, e Pequim sanciona Pelosi As ações tiveram início com uma série de exercícios militares realizados em seis pontos da costa taiwanesa, que devem prosseguir até o domingo. A Defesa de Taiwan disse que mísseis chegaram a ser lançados por sobre a ilha. China anuncia sanções contra a presidente da Câmara dos EUA A China costuma tradicionalmente protestar contra o fato de a província autogovernada manter contatos com governos estrangeiros, mas a reação à visita de Pelosi atingiu níveis sem precedentes, inclusive com o corte nas relações em uma série de áreas consideradas de grande importância. As duas nações mais poluidoras do mundo se comprometeram no ano passado a acelerar nesta década as ações pelo clima, com reuniões bilaterais regulares para lidarem juntas com a crise climática. Com o agravamento das relações entre Pequim e Washington, que atingiram o nível mais baixo dos últimos anos, esse e outros acordos estão ameaçados. O Ministério Chinês do Exterior anunciou que o diálogo entre os comandantes militares regionais e dos Departamentos de Defesa será cancelado, assim como as conversações sobre a segurança militar marítima. Também estarão suspensas as cooperações para o retorno de imigrantes ilegais, investigações criminais, crimes transnacionais, assim como ações conjuntas contra as drogas. Defesa da soberania A China acusa o governo de Joe Biden de atacar sua soberania, embora o presidente não tenha autoridade sobre a viagem de uma líder do Legislativo. As reações chinesas vieram antes do congresso do Partido Comunista da China, onde o presidente Xi Jinping deverá receber um terceiro mandato de cinco anos para lidera o governo. Com a economia do país enfrentado dificuldades, o partido governista reforçou o tom nacionalista e passou a lançar ataques diários ao governo de Taiwan, que se recusa a reconhecer a província como parte da China, no intuito de solidificar o apoio da população. Veja os vídeos mais assistidos do g1