Otan convida formalmente Finlândia e Suécia para integrar aliança

Anúncio foi feito durante cúpula do grupo militar do Ocidente, que acontece em Madri, na Espanha. Na terça-feira (28), Turquia decidiu aceitar que países nórdicos façam parte da aliança, o que destravou negociação. Moscou prometeu retaliação. Foto de família dos líderes de todos os países membros da Otan e convidados como Finlândia, Suécia e Japão, durante inauguração da cúpula da aliança militar ocidental em Madri, na Espanha, em 29 de junho de 2022. Reuters Em um passo histórico, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta quarta-feira (29) que convidou formalmente a Finlândia e a Suécia para fazer parte da aliança militar ocidental. "Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia para se tornarem membros da Otan, e concordamos em assinar o Protoclo de Acesso", anunciou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em comunicado após a primeira reunião da cúpula do grupo que acontece esta semana em Madri, na Espanha. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em revés para Putin, Otan formaliza convite a Finlândia e Suécia Com o movimento, o provável ingresso dos dois países escandinavos coloca a Otan em uma proximidade territorial sem precedentes com a Rússia, que atacou a Ucrânia sob o argumento de que a aliança ocidental se aproximava demais de seu país. Só a Finlândia tem uma fronteira de mais de 1,3 quilômetros de extensão com o território russo. Otan fortalece presença na fronteira com a Rússia em resposta ao desafio de Putin 'País mais feliz do mundo', Finlândia está de prontidão para eventual guerra com a Rússia; veja preparativos Território russo na Europa que pode ser 'cercado' por países da Otan As portas para o convite, formalizado nesta manhã por Stoltenberg, já haviam sido abertas na noite de terça-feira (28), quando a Turquia, país membro da Otan que travava a entrada dos países nórdicos no bloco, mudou de posição após negociações na capital espanhola. O presidente turco, Tayip Erdogan, acusa os governos finlandês e sueco de dar asilo a cidadãos turcos considerados terroristas por Ancara, o que ambos os países negam. A Rússia, tema central da cúpula que a Otan realiza esta semana na capital espanhola, já havia prometido retaliações "sem precedentes" caso os dois países nórdicos ingressem na aliança militar do Ocidente. Finlândia e Suécia ignoraram as ameaças e, em maio, entregaram solicitação formal de pedido de adesão à Otan. O movimento indicou também a mudança de postura dos dois países, que adotavam a neutralidade em conflitos internacionais e, por isso, não faziam parte da Otan nem de qualquer outro grupo militar. O abandono à neutralidade da Suécia e da Finlândia foi a primeira grande mudança na geopolítica mundial desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. 'Compromisso com a Ucrânia' Em um documento conjunto com resoluções do primeiro dia de reuniões, os líderes também se comprometeram em apoiar a Ucrânia "pelo tempo que durar o conflito" no país. Leia também: 'Se Putin fosse mulher, não teria invadido a Ucrânia': o comentário de Boris Johnson sobre 'masculinidade tóxica'

Otan convida formalmente Finlândia e Suécia para integrar aliança

Anúncio foi feito durante cúpula do grupo militar do Ocidente, que acontece em Madri, na Espanha. Na terça-feira (28), Turquia decidiu aceitar que países nórdicos façam parte da aliança, o que destravou negociação. Moscou prometeu retaliação. Foto de família dos líderes de todos os países membros da Otan e convidados como Finlândia, Suécia e Japão, durante inauguração da cúpula da aliança militar ocidental em Madri, na Espanha, em 29 de junho de 2022. Reuters Em um passo histórico, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nesta quarta-feira (29) que convidou formalmente a Finlândia e a Suécia para fazer parte da aliança militar ocidental. "Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia para se tornarem membros da Otan, e concordamos em assinar o Protoclo de Acesso", anunciou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em comunicado após a primeira reunião da cúpula do grupo que acontece esta semana em Madri, na Espanha. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em revés para Putin, Otan formaliza convite a Finlândia e Suécia Com o movimento, o provável ingresso dos dois países escandinavos coloca a Otan em uma proximidade territorial sem precedentes com a Rússia, que atacou a Ucrânia sob o argumento de que a aliança ocidental se aproximava demais de seu país. Só a Finlândia tem uma fronteira de mais de 1,3 quilômetros de extensão com o território russo. Otan fortalece presença na fronteira com a Rússia em resposta ao desafio de Putin 'País mais feliz do mundo', Finlândia está de prontidão para eventual guerra com a Rússia; veja preparativos Território russo na Europa que pode ser 'cercado' por países da Otan As portas para o convite, formalizado nesta manhã por Stoltenberg, já haviam sido abertas na noite de terça-feira (28), quando a Turquia, país membro da Otan que travava a entrada dos países nórdicos no bloco, mudou de posição após negociações na capital espanhola. O presidente turco, Tayip Erdogan, acusa os governos finlandês e sueco de dar asilo a cidadãos turcos considerados terroristas por Ancara, o que ambos os países negam. A Rússia, tema central da cúpula que a Otan realiza esta semana na capital espanhola, já havia prometido retaliações "sem precedentes" caso os dois países nórdicos ingressem na aliança militar do Ocidente. Finlândia e Suécia ignoraram as ameaças e, em maio, entregaram solicitação formal de pedido de adesão à Otan. O movimento indicou também a mudança de postura dos dois países, que adotavam a neutralidade em conflitos internacionais e, por isso, não faziam parte da Otan nem de qualquer outro grupo militar. O abandono à neutralidade da Suécia e da Finlândia foi a primeira grande mudança na geopolítica mundial desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. 'Compromisso com a Ucrânia' Em um documento conjunto com resoluções do primeiro dia de reuniões, os líderes também se comprometeram em apoiar a Ucrânia "pelo tempo que durar o conflito" no país. Leia também: 'Se Putin fosse mulher, não teria invadido a Ucrânia': o comentário de Boris Johnson sobre 'masculinidade tóxica'